divendres, 12 de novembre del 2010

Sinibal de Mas

Apresento aqui uma das grandes figuras do Iberismo: Sinibald Mas i Sans (1809-1868). Sinólogo, pintor, calígrafo, escritor, embaixador, aventureiro e intelectual iberista espanhol, e um dos pioneiros da fotografia.

Discípulo de Pablo Alabern em Barcelona, apresentou ao Parlamento em 1821 unos testes práticos caligrafia. Ele estudou idiomas, dos quais veio a conhecer cerca de vinte, e física. Traduziu a Eneida de Virgílio em hexameters castelhanos. Era um bom pintor, são conservados os seus retratos de Manuel de Cabanyes e de Joaquim Roca i Cornet, feitos por volta de 1830. Publicou em 1831 em Barcelona Vinte-e-quatro poemas líricos e Aristodemo, uma tragédia em verso na que ele tentou exercer um sistema interessante e peculiar do sistema métrico, que descreveu no seu ensaio Sistema musical da língua castelhana (Barcelona, 1832). Também inventou uma linguagem universal. Protegido por Remisa, trabalhou em El Vapor até meados de 1834. Recomendado por Félix Torres Amat obteviu a protecção de Cea Bermúdez, Francisco Martínez de la Rosa e Javier de Burgos para a nomeação de tradutor encarregado de viajar para o Oriente para reunir notícias e documentos literários e estatísticos, de política, comércio e todos os gênero que poderiam importar aos interesses e as glórias nacionais.

A sua aventura viagera, iniciada em 1834, levou-o de Marselha para Constantinopla, onde ele contraiu uma amizade com o erudito orientalista Lopez de Córdoba, e até 1838 que ele veio para Calcutá, passou pelo Líbano, Palestina, Egito, Arábia e Pérsia. Em Bengala fez alguns dos primeiros darregotipos conhecidos da região. Como o seu salário demoraba para chegar, estabeleciu-se em Manila, vivendo da sua habilidade como retratista e da caridade do Padre Manuel Bueno, que tinha-le ficado na cela cinco meses. No seu regresso a Madrid em 1842, publicou Relatório sobre o estado das Ilhas Filipinas, primeiro em edição confidencial em 1842, e depois públicamente em 1843; como defendeu a independência do arquipélago, ele mesmo eliminou a parte que não gostou ao governo. Establecido em Macau, em 1844, publicou L'idéographie, 1844, e em Manila, o seu Potpourri literária (1845), dedicado a Torres Amat. Trabalhou em El Renacimento de Madrid (1847). Nesse mesmo ano foi nomeado como o primeiro embaixador espanhol na China; chegou lá a primeira vez quando tinha 34 anos. Obteve a representação e a embaixada em Pequim quando apenas a França, Grã-Bretanha e E.U.A. tinham alcançado a acreditação do Imperador Manchu , muito relutante à penetração ocidental, e o seu amigo José de Aguilar, que também seria um grande sinólogo, ganhou o consulado em Hong Kong em 1848, com residência em Macau.

Retornando a Madrid em 1851, entre as suas obras de ensaio político destaca, ao calor do movimento pro "União Ibérica", La Ibéria. Relatório sobre a conveniência de união pacífica e legal de Portugal e Espanha. Este trabalho foi publicado pela primeira vez em Lisboa, em 1851; Latino Coelho traduziu para o Português em 1852. Foi muito reimpressa tanto na mesma cidade como em Madrid. O trabalho tentaba, de acordo a Rocamora, demonstrar "os benefícios políticos, económicos e sociais da união das duas monarquias da península em uma única nação". Pode ser entendida como manifestação dos interesses económicos da burguesia peninsular, que, concorrendo com a França e a Grã-Bretanha, queria expandir o seu mercado. O escudo da nova nação foi do que Espanha e Portugal combinado, e a bandeira, composta de quatro cores: branco, azul, vermelho e amarelo. Foi reeditado em 1853 em Madrid, ao mesmo tempo que as suas Obras literarias. Ele foi condecorado com a Ordem de Carlos III.

Mas também escreveu L'Angleterre, la Chine et l'Inde, Paris, 1857, e La Chine et les puissances chrétiennes, Paris, 1861, livros bem documentados que recomendam aumentar o comércio e dividir a China para uma melhor exploração comercial por os países europeus. Retornando ao seu amor por a caligrafia, publicou em Paris Cartilla, 1858, e em colaboração com Jerome Canals, Arte de escribir en letra española, de 1860; com W. Norriat escreveu Arte de escribir letra inglesa, 1860. Manuel Ovilo y Otero escreve também que é o autor de Colección de despachos diplomáticos. São as suas comunicações com o governo. A primeira é sobre a Grécia, outra sobre Suez, outra da Mouka, outra de Calcutá. Também de uma Noticia estadística y mercantil de Shanghay, de Ningpó, de Intérprete del viajero en Oriente, de Estat de les Illes Filipones , 1845 e de Memoria sobre las rentas públicas de Filipinas y los medios de aumentarlas.

Cap comentari:

Publica un comentari a l'entrada